No tumulto das horas, na infinitude dos dias. Lá, bem longe, onde os rios desaguam, onde a vida cresce ao sabor do vento, estou eu. Emersa em sonhos desfeitos, em alegrias trancadas no vazio.
Nesse pequeno recorte de mundo escrevi a minha morada e criei uma existencia perdida. Em meu redor resta somente a frustração de não ter conseguido, de não ter amado, de não ter vivido.
O mundo é agora um caos e eu sou sua mártir... Escrava das memórias futuras que não ouso imaginar, das longas horas que parecem não passar.
Estou presa num desejo anarquicamente louco e finjo ser a mesma. Finjo que o serei até ao último suspiro.
Na parede, um quadro em branco, única felicidade que me resta. Meu companheiro do nada, é a minha última esperança de voltar a existir.
Fotografia de Raul Alexandre, intitulada My Sweetest Sunset, in Olhares
2 comentários:
Lindo este texto!!!
mzm qeridah!!
adrt
Oh minha querida, escreves tão bem.. *.*
Tenho q ir pôr o q te escrevi no blog.. xP
Adoro-te pa lá do horizonte.. =P
:D
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