segunda-feira, 24 de novembro de 2008

No tumulto das horas, na infinitude dos dias. Lá, bem longe, onde os rios desaguam, onde a vida cresce ao sabor do vento, estou eu. Emersa em sonhos desfeitos, em alegrias trancadas no vazio.

Nesse pequeno recorte de mundo escrevi a minha morada e criei uma existencia perdida. Em meu redor resta somente a frustração de não ter conseguido, de não ter amado, de não ter vivido.

O mundo é agora um caos e eu sou sua mártir... Escrava das memórias futuras que não ouso imaginar, das longas horas que parecem não passar.

Estou presa num desejo anarquicamente louco e finjo ser a mesma. Finjo que o serei até ao último suspiro.

Na parede, um quadro em branco, única felicidade que me resta. Meu companheiro do nada, é a minha última esperança de voltar a existir.



Fotografia de Raul Alexandre, intitulada My Sweetest Sunset, in Olhares

2 comentários:

Anónimo disse...

Lindo este texto!!!


mzm qeridah!!

adrt

Nuno Maciel disse...

Oh minha querida, escreves tão bem.. *.*

Tenho q ir pôr o q te escrevi no blog.. xP

Adoro-te pa lá do horizonte.. =P

:D