Quem disse que não somos todos iguais? Quem disse que uns têm direito a ter direitos e outros têm direito a remeter-se ao silêncio? Quem disse, quem?
sábado, 21 de novembro de 2009
Igualdade? Claro que sim!
Quem disse que não somos todos iguais? Quem disse que uns têm direito a ter direitos e outros têm direito a remeter-se ao silêncio? Quem disse, quem?
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Free Tibet
sexta-feira, 31 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Como passou? Encontra-se de boa saúde?
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Resolução
sábado, 18 de abril de 2009
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
PRIMAVERA
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
LOVERS IN JAPAN
Cold, cold water bring me round
Now my feet won't touch the ground
Cold, cold water what ya say?
When it's such…
It's such a perfect day
It's such a perfect day
Strawberry Swing, Coldplay
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
NO ENCALCE DO SONHO
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
A VIDA NUM OLHAR
sábado, 17 de janeiro de 2009
Flor de Inverno
Olho em redor. O lago está gelado. O ramo da árvore preste a perder-se na imensidão da neve. Nada está igual. Tudo mudou desde que parti, desde que deixei para trás a estranha que era. Volto e vejo a novidade, a mudança, a morte na sua ínfima espécie.
Procuro por vestígios de quem fui. Não os encontro. A neve cobre o chão e nada reluz sob o clarão tímido do sol. Nada permanece igual. Tudo se perdeu desde que decidi procurar por mim noutro lugar. Voltei e sei que não sou a mesma, não sou e nem vou voltar a ser...
Reparo nas pequenas flores de vidro. Estão prestes a quebrar-se. Com elas quebrar-se-ão todas as lembranças que ainda guardo deste lugar. Apagar-se-ão todos os vestígios, todos os sorrisos, todos os choros. Foi neste lugar que cresci, foi aqui que vivi e que morri para nascer novamente, bem longe. Ele é-me tão familiar, mas causa-me tanta estranheza.
Odeio ter que o dizer, mas... Não sei porque ainda aqui estou. Estou a olhar pela última vez, a deixar-me prender pelo redor, pela neve, pela infinita brancura da manhã. Sei onde pertenci, onde continuo a pertencer. Não é este o lugar que conheci, não é aqui que pertenço. Não é isto aqui... E, no entanto, a tentação de ficar, de me perder é tão grande...
Se o fizer, caminharei sobre a neve, quebrarei as pequenas flores, arremeçarei o ramo da árvore até ao lago, fixarei o olhar no sol... Aventurar-me-ei nesta terra infinita e perderei a identidade que ganhei, bem longe daqui.
Volto a olhar em redor. O caminho é longo. Dou o primeiro passo, deixo para trás o casaco. Uno a imaginação à memória e vejo finalmente esse lugar que tanto procurava. Vejo-me a mim e reconheço quem fui... Uma lágrima, um sorriso. Tudo voltou ao seu lugar. E ela está de volta, está finalmente presente: a minha infância, essa infância perdida para sempre - noutros tempos, neste mesmo lugar, neste mesmo ser, na mesma despedida amaldiçoada -, para nunca mais voltar...
Foto de Bristol Bound
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.Í
ssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...
- Álvaro de Campos
- Javier Parra
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
O SEGREDO
São 21:51.
22:01.
22:07.
23:57.
00:31.