sexta-feira, 31 de julho de 2009





















Desce p'la avenida, a lua nua..
e vagando à sorte dormita nas ruas..
Faz-se de esquecida, minha e tua
Deixando um rasto, que nos apazigua.

Entra pela vitrina, surrealista
Faz malabarismo a ilusionista.
Ilumina o céu, que nos devora.
Já se sente o frio, está na hora, de irmos embora

Sou um ser que odeias mas que gostas de amar,
Como um barco perdido, a deriva do mar
A vida que levas de novo outra vez
Um mundo que gira sempre a teus pés.
Sou a palavra amiga, que gostas de ouvir,
A sombra esquecida que te viu partir,
A noite vadia, que queres conhecer,
Sou mais um dos homens que te nega e da prazer.

Sou a voz da tua alma que te faz levitar,
O átrio da escada para tu te sentares,
Sou as cartas rasgadas que tu não lês
A tua verdade, mostrando quem és.
Um resto de tudo, que possa existir
mostrando quem és, o resto do mundo.

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